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Preparador físico, assistente, adjunto, como ele se vê atualmente?

  • Foto do escritor: Túlio Flôres
    Túlio Flôres
  • 24 de jan. de 2017
  • 3 min de leitura

Lendo e relendo alguns textos de pessoas que tenho como referência profissional, principalmente sobre tema futebol achei um do amigo Rafael Ferreira, publicado no site da Universidade (http://universidadedofutebol.com.br/treinador-competencia-tecnica-ou-elacoes-humanas/) e a seguinte frase me fez pensar sobre minha função, mais diretamente quando ele diz que “para se manter na função (no texto ele refere a função de treinador) e crescendo profissionalmente será necessário alicerçar seu trabalho em princípios bem fundamentados – ou seja, ter muita competência técnica e buscar atualização constante”.


Trago a reflexão sobre minha função, o perfil de conhecimento do preparador físico vem mudando, e principalmente nas categorias de base, e também em alguns centros essa mudança já vem acontecendo nos times profissionais.

Os aspectos táticos apresentam uma evolução extraordinária, e também a aceitação dessas vertentes no mercado nacional. Treinos onde a intensidade está sempre presente. Atividades onde a bola e contexto de jogo estão no dia a dia e nas programações semanais.


Então, esse é o primeiro ponto de evolução da função, ser ao lado do treinador mais um auxiliar de campo, ter também o entendimento do jogar. Buscar em seus trabalhos, componentes que auxiliem o treinador nas questões táticas, principalmente na forma de jogos, onde o enfoque comportamental está em evidência.


Ao meu ver, estamos diante de mais uma adaptação/atualização, mais uma mudança de conceitos e linhas metodológicas que já aconteceram no futebol brasileiro e mundial. Há muito tempo atrás, o método analítico, onde as partes, física, técnica e tática eram vistas de uma forma totalmente separada uma das outras. Depois tivemos uma aproximação dos aspectos físicos e técnicos com o treinamento integrado. E hoje vivemos uma contextualização dessas esferas, cada vez mais os trabalhos englobam objetivos táticos, técnicos e físicos ligados cognitivamente em um contexto de jogo. Trabalhos cada vez mais próximos da realidade do jogo, da especificidade do jogo, em todos os aspectos do mesmo.


Outro ponto importante dessa nova tendência é saber, junto a comissão, estabelecer a relação das cargas de treinamento ao longo da semana. E para isso entender mais uma vez o método de trabalho é fundamental. Saber identificar trabalhos que englobam setores do time, ou frações desses setores. Saber identificar como o número de atletas, os tamanhos dos trabalhos influenciam diretamente no tipo de contração muscular que o jogador executa. Como a densidade do trabalho determina diretamente a rota metabólica determinante da sessão de treino. E relacionar esses e outros pontos aos princípios de variabilidade de carga, de super compensação e especificidade.


Claro que sem perder a essência de ser um especialista no componente físico, saber diagnosticar o real estado físico do plantel, aplicar métodos de treino direcionados a um determinado jogador ou grupo de jogadores para melhorar seu desempenho dentro do trabalho de campo específico. Saber identificar como o treino repercute no grupo de trabalho e definir o melhor meio de recuperação para os mesmos.



Proporcionar atividades que possam contribuir para a prevenção de lesões a curta e longo prazo. Funções essas que já são de responsabilidade do preparador físico e que apenas ganham com o advento da tecnologia e de novas tendências de treinamento uma nova forma de aplicação.

Portanto, a atualização é fundamental, assim como estar com a mente aberta para novas ideias, novos conceitos, e saber que não existe a fórmula mágica do sucesso, cada clube, cada grupo, cada comissão técnica tem suas culturas, suas direções e convicções, e deve existir sim um trabalho alicerça em seus conceitos, tendo sempre a convicção de estar fazendo o melhor para o clube e para o grupo de jogadores.

 
 
 

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